Roteiro e síntese das entrevistas

Síntese geral: O que concluímos com a entrevista? 

A partir das entrevistas realizadas, o grupo pode levantar alguns pontos principais sobre o nosso espaço de intervenção, o elevador. Primeiramente, notamos que a escolha, elevador ou escada, está, muitas vezes, relacionada à três fatores: cansaço, medo e o andar em que a pessoa precisa ir. No primeiro caso, as pessoas que alegam estar cansadas ou “com preguiça” escolhem o elevador para ir em qualquer andar. Já na segunda situação, muitas pessoas disseram ter medo do elevador, seja por ele ser um espaço fechado, seja por experiências ruins nesse local. E terceiro, o andar foi muito citado como um fator decisivo nessa escolha, sendo que há predominância da escada para ir ao segundo andar e do elevador para o terceiro e quarto. A partir dessas informações, nosso grupo pode pensar sobre maneiras de tornar o elevador o meio principal de circulação pela escola, tendo em vista amenizar a insegurança quanto a este local. 

Ademais, outro ponto importante foi a relação entre pessoas dentro deste ambiente confinado. Nas entrevistas, percebemos como estar sozinho ou estar acompanhado de estranhos, é definidor dessa experiencia. Nesse caso, o grupo percebeu que no elevador da Escola as interações são rápidas, pois são poucos andares, no entanto, podem ser bem desconfortáveis para a maioria das pessoas, pois há um constrangimento perante ao confinamento forçado de estranhos. Caráter este que não se aplica ao indivíduo sozinho, nesse caso, muitos citaram aproveitar o momento para se olhar no espelho. Nesse sentido, o elevador é bastante diversos nas experiências promovidas. Dessa maneira, o grupo enxergou que, visando uma não-exposição interativa, vale se aproveitar dessa reclusão dos indivíduos, natural do espaço, e transformar o constrangimento em interações positivas tanto entre as pessoas, como entre elas e o espaço.

- Comentário feito em grupo -


 ROTEIRO DE ENTREVISTA 

  • Introdução: Somos do primeiro período e estamos fazendo uma pesquisa sobre os elevadores e seu uso na escola.  *Perguntar se pode gravar*
  • Perguntas pessoais: Nome, período, função na Escola...
  • Por que você utilizou o elevadores e não a escada? (e vice versa)
  • Qual a sensação que você tem dentro do elevador? 
  • Como você se sente em relação a presença de outras pessoas no elevador?


ENTREVISTA NO ELEVADOR

Entrevista 1: Júlia Mundim e Nicole brockes 

Nicole: Boa tarde, nós somos do primeiro período de arquitetura diurno e estamos fazendo um trabalho de AIA, projeto 1, e nós vamos fazer uma intervenção no elevador e queríamos fazer algumas perguntas sobre esse espaço. Qual é o seu nome? E qual curso você faz?

Entrevistada 1: Thaís, faço design.

Nicole: Thaís, você costuma usar mais a escada ou o elevador?

E. 1: Ah, eu uso mais a escada.

Nicole: Mais a escada?

E. 1: isso.

Nicole: E quando você usa o elevador tem algum motivo especifico para esse uso?

E. 1: ah... cansaço

Nicole: E o que você a acha da sensação dentro do elevador?

E. 1: Eu tava até pensando, eu tenho um pouquinho de fobia de elevador, mas assim, depois que trocaram aqui, porque antes, não sei se vocês chegaram a pegar, mas parava no meio e o pessoal tinha que sair... Porque não parava no andar certo, sabe?

Nicole e Júlia: sim...

 E. 1: Depois desse tá bem melhor, então... Já deu uma melhorada.

Nicole: O que você pensa sobre estar nele sozinha ou com outras pessoas, muda a sensação?

E. 1: Ah, é que eu já não gosto muito de estar dentro, mas se eu estou com pessoas que eu já conheço, fica mais tranquilo.

Nicole: E quando você tá com algum desconhecido, qual a sensação?

E. 1: É meio, tipo assim, aquela sensação que você não sabe o que faze, você não sabe se cumprimenta, dá oi ou fica quieta, mas é tranquilo.

Nicole: É isso então Thaís, muito obrigada!

Júlia: Obrigada!


Entrevista 2: Hugo Marini e Flávio Carvalho

Hugo: Eu me chamo Hugo, ele Flávio, a gente é do primeiro período, estamos fazendo um trabalho da matéria de AIA, a gente tá fazendo algumas perguntinhas sobre o elevador, o elevador é o nosso espaço onde vamos fazer uma intervenção, e estamos fazendo uma pesquisa sobre ele. Vocês usam mais a escada ou o elevador.

E. 2:  A escada porque eu tomei trauma.

Hugo: Trauma?

E. 2: É, porque eu tava saindo do elevador, aí ele fez um barulho, aí ele não fechou mais.

Hugo: E o que aconteceu depois?

E. 2: passaram uma fita e arrumaram.

Hugo: Deu problema justamente com você...

E. 2: É.

Hugo: Que situação!

E. 2: Aí eu falei assim: não vou andar mais nesse. Agora vou de escada.

Hugo: Independente do andar?

E. 2: Ah, as vezes quando é no quarto dá uma “preguicinha”, aí eu pego o outro, o que não deu problema.

Hugo: E você?

E. 3: Eu uso se eu for pro terceiro ou quarto andar.

Hugo: Entendi.

E. 3: Pro segundo eu acho que é um pedaço que você pode fazer na escada.

Hugo: Sim.

E. 3: Inclusive eu julgo as pessoas que pegam o elevador pro segundo andar, vou falar isso bem alto no D.A.

Hugo: Justo... Mas por que você pega pro terceiro e quarto, normalmente?

E. 3: Porque tem mais escada pra subir.

Hugo: Entendi, entendi... E assim, sobre as sensações do elevador, quando você tá sozinho, como é que você se sente?

E. 3: Hum... A iluminação do elevador não foi feita pra você se sentir bonito, essa é uma intervenção que vocês podem trabalhar hahaha... Porque ele pega muito de cima, aqui assim, faz sobra no rosto, então você chega de manhã na aula e acha que você tá horrível.

E. 2: Exatamente.

Hugo: Certo, haha... Você concorda (se dirige ao entrevistado 2)

E. 2: É... Eu acho que tipo assim, esse daqui tá bom porque tem o espelho e não parece que você tá tão confinado, entendeu? Mas aí dá uma ampliada no espaço.

Hugo: Você acha amplo?

E. 2: Não. Não é tão amplo, mas já é melhor do que muitos outros.

Flávio: E quando vocês estão acompanhados de outra pessoa?

E. 2: Sei lá, quatro pessoas já é o limite, entre cinco aí já fica apertado.

Flávio: como que é estar com outra pessoa dentro do elevador, o sentimento?

E. 2: Ah, tranquilo. Você fala um “bom dia”...

E. 3: Cara, esse elevador aqui é tranquilo, porque é muito rápido. Não sei se vai servir pro trabalho de vocês, mas onde eu moro são dezesseis andares, então as vezes você fica com a pessoa um tempinho a ponto de se tornar constrangedor...

Hugo: Você mora em qual andar?

E. 3: No décimo sexto. Aí você fica tipo assim, a pessoa entra e se ela for mal encarada não te dar bom dia, então clima fica estranho.

Hugo: Eu entendo, moro num prédio com 19 andares também.

E. 3: Pois é, as vezes você fica muitos minutos e é bem estranho.

Hugo: Tá certo gente, muito obrigado!


Entrevista 3: Hugo Marini e Victor Cesar

Victor: Meu nome é Victor, eu estou aqui com o Hugo, nós somos alunos da graduação de arquitetura diurno, e a gente tá com a...

E. 4: Leila.

Victor: A Leila. Qual é a sua ocupação Leila?

E. 4: Eu sou dos serviços gerais.

Victor: É... Leila, você costuma usar o elevador ou a escada pra se locomover aqui dentro da escola?

E. 4: Uso mais o elevador.

Victor: O elevador.

Hugo: Por que?

E. 4: Poque você ficar subindo escada toda hora com balde, peso pra lá e pra cá... Eu tenho que levar vassoura, rodo, balde com água, então a gente usa mais o elevador.

Hugo: Certo.

Victor: E qual que é a sensação que você tem quando você entra no elevador?

Hugo: Quando está sozinha?
E. 4: Sensação... Eu digo assim, o elevador é mais prático, né? Você ficar subindo com peso em escada é ruim demais, ainda mais com balde... muita coisa para você levar pra fazer limpeza, então o elevador é mais prático.

Hugo: Sim, sem dúvidas. Mas quando você tá com balde ocupa um pouquinho mais de espaço, como você se sente quando tem outras pessoas no elevador?
E. 4: Por mim é de boa, tranquilo.

Hugo: Certinho, muito obrigado!


Entrevista 4: Hugo Marini e Victor Cesar 

Hugo: A gente tá fazendo um trabalho de Fundamentação de Projeto 1, AIA, e a gente tá fazendo uma pesquisa sobre o elevador porque ele é o espaço que nós vamos fazer uma intervenção. Eu me chamo Hugo, esse é o Victor, e a gente tem algumas perguntinhas. Certo?

E. 5: Uhum.

Hugo: Seu nome?

E. 5: É Max.

Hugo: Período? Idade? O que você faz aqui?

E. 5: Eu to no segundo período, eu tenho dezoito anos e sou estudante de arquitetura.

Hugo: Certo. Geralmente você usa o elevador ou a escada?

E. 5: Geralmente eu uso a escada.

Hugo: Por que?

E. 5: Porque eu acho que é mais rápido. Por mais que canse mais, as vezes o elevador demora pra descer, ou, muitas vezes, ele tá lotado também, principalmente quando eu chego na Escola e todo muito vai subir pra aula.

Hugo: Certo. E... Em alguma situação você usa o elevador? Alguma especifica?

E. 5: De vez em quando eu uso, as vezes quando eu chego depois do almoço e quando tem aula no quarto andar, aí eu subo de elevador, quando tá mais vazio.

Hugo: Sim. Quais sensações você tem no elevador quando você tá sozinho ou acompanhado?

E. 5: Eu sinto... É, como tem um espelho ali as vezes eu fico muito distraído, por causa do espelho, quando tem alguém a gente geralmente conversa, mas é uma conversa rápida. Sozinho, parece que nem passa assim, a gente nem percebe muito.

Hugo: Você acha que as sensações são diferentes, quando você tá sozinho ou quando tem outras pessoas?

E. 5: Com certeza. Quando tá sozinho você não percebe muito... Aliás você percebe mais o elevador, quando você tá com alguém você não percebe tanto, e quando você tá sozinho dá pra perceber muito as paredes porque elas são refletoras, parece um lugar muito claro assim, o espelho e tal... É diferente

Hugo: Sim. E qual a sensação você tem quando está com outras pessoas?

E. 5: Com outras pessoas... É parece um lugar meio apertado e seguro, você pode conversar tranquilo, num volume bom, sem medo de at5rapalahr ninguém, é um lugar bem privado.

Hugo: Certo. Obrigado!


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